Compositor: Não Disponível
Memórias suficientes para dizer, desta vez
Que a vida é feita de coincidências e de escolhas
Ela queria mudar à força o seu destino
Para só viver em um grande sonho sem fim
Ela acredita em tudo, mas frente ao mundo, seus olhos se inundam
Pronta para cair de novo a cada segundo
Mas esses momentos tão fortes mantém então
Todas as suas esperanças sem amanhã
Ela vê, de sua janela, as estrelas
E isso é raro e isso lhe dá esperança
É tarde, mas talvez
Eles verão que nem tudo é só cinza ou escuro
Ela é tão bela à noite, quando tudo se apaga
Suas feridas, que ela não gosta de ver pela manhã
Essas noites a beber a fazem crer que tudo vai bem
Ela é tão bela quando a noite lhe pertence
Sem mais se destruir, dia após dia
Porque, prisioneira, nada mais existe em volta
Farta de se machucar, de fugir, de dar a volta
De um sonho ruim ela quer acordar
Termina a espera, a melancolia
A complacência ao abatimento
Terminam os suspiros de nostalgia
E a recusa à felicidade